Tuesday 22 April 2014

¿Quão rápido é você a amar?


Todos apregoamos que o amor é a energia que faz rodar o mundo, mas mergulhamos em dúvidas antes de aceitar a sua força na nossa vida, seja um amor romântico, seja um singelo sorriso. ¿Que amor é este? ¿Quem é que deseja amar deste jeito? ¿Quem serei eu se aceitar este amo? Vencidos pela sociedade materialista em que tudo é contabilizado, como se o amor não fosse uma manifestação da humanidade que carregamos, limitamos o amor e, com isso, limitamo-nos a nós próprios e a vida verdadeiramente vivida com que sonhamos.

O nosso coração é um recipiente infinito para o amor dos outros e é desse infinito que brota a mesma dose de amor para dar. ¿Contudo, quantos de nós estão demasiado ocupados para parar para amar incondicionalmente? Há tantos compromissos na agenda e o descanso tem de ser vivido a ver a vida passar quando, na verdade, a revitalização que o ato de dar amor incondicional comporta é muito mais poderosa do que horas em modo vegetal. Com efeito, se premeditar sobre as razões por trás dos seus compromissos, concluirá que boa parte delas não são mais do que obrigações que criou quando não foi capaz de dizer não ou questionar-se a tempo sobre a sua utilidade na sua felicidade.

¿Quantas limitações coloca à frente do ato de amar incondicionalmente?

¿Quantas limitações coloca à frente do ato de criticar incondicionalmente?

¿Se concorda que devemos ser feitos de amor, onde é que vai buscar forças para interromper o seu dia para criticar e encontra resistências várias para sair à rua e amar?

Créditos: Idea go / FreeDigitalPhotos.net
O engraçado é que não raras vezes criticamos em busca de amor. Criticamos porque a crítica em causa é popular (até nos pelamos para sermos o primeiro a detetar algo e a criticá-lo). Criticamos porque desejamos que as pessoas concordem connosco e, consequentemente, sentirmo-nos admirados e aconchegados. Todos sabemos que a sensação de pertença neste caso é uma ilusão, pois quem muito critica muito provavelmente também nos vai criticar.

Se encarar o amor como a crítica, não sabe o que é amor. O amor incondicional não é popular. Basta contar as críticas que desfilam nas redes sociais, ironicamente intercaladas por frases que incentivam o amor (como vai acabar este post).

O amor - seja para o seu amado/a, seja para a pessoa com que se cruza no elevador – nem sempre colhe frutos. Haverá alturas em que só colherá tomates e, magoado, voltará a questionar o amor. Também a crítica já o magoou, talvez até fazendo mais estragos, mas talvez ainda não tenha sido suficiente para desistir dela.

O amor incondicional só assim pode ser chamado se sentir uma espécie de regresso a casa, uma alegria eufórica que o fará continuar o seu caminho sem olhar para trás. O retorno de um ato não é necessário quando a sua felicidade já está completa.

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